A História Fascinante do Antigo Engenho de Açúcar de Piracicaba: de 1881 a Patrimônio Histórico
Em 19 de janeiro de 1881, o Barão de Rezende estabeleceu um marco na margem direita do Rio Piracicaba ao fundar o antigo Engenho de Açúcar. Ao longo de sua existência, tornou-se um dos mais proeminentes produtores de açúcar e álcool, desempenhando um papel vital na economia local. No entanto, sua trajetória enfrentou desafios significativos que moldaram seu destino.
Desafios e Transformações: Queda na Produção e Mudanças de Propriedade
Até 1950, o Engenho de Açúcar prosperou, contribuindo de maneira substancial para a indústria de açúcar e álcool. Nesse ano, contudo, uma série de fatores desencadeou uma queda acentuada na produção. A escassez de mão-de-obra especializada, dificuldades na manutenção das máquinas e a crescente concorrência com países latino-americanos foram elementos cruciais nessa reviravolta.
Em 1889, o Engenho foi vendido para três empresários franceses visionários: Durocher, Doré e Maurice Allain. Sob nova direção, passou a denominar-se “Societé de Sucrerie Brèsilliennes”.
Essa mudança deu início a uma fase de revitalização, resultando na produção anual de aproximadamente cem mil sacas de açúcar e três milhões de litros de álcool.
Do Esplendor à Inatividade: Reconhecimento como Patrimônio Histórico
Infelizmente, em 1974, o Engenho Central foi desativado, encerrando uma era de contribuições significativas para a indústria. No entanto, seu legado continuou a ecoar através do reconhecimento oficial como patrimônio histórico da cidade. O CODEPAC tombou o Engenho em 1989, preservando sua importância cultural para as gerações futuras.
Hoje, as antigas instalações do Engenho abrigam eventos que resgatam sua vitalidade histórica. Desde a emocionante encenação da “Paixão de Cristo” até o Salão Internacional de Humor, o local é palco de celebrações diversas.
Além disso, é a sede do Teatro Municipal Erotídes de Campos e da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac), destacando-se como um espaço multifuncional que mantém viva a rica herança do Engenho de Açúcar.
